Jeito Mórmon de fazer negócio
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O jeito Mórmon de fazer negócios
Como uma doutrina religiosa é capaz de criar empresários e executivos de sucesso.
Por Rodrigo CAETANO
Assim na terra como na empresa: Carlos Wizard Martins, do grupo Multi, usa os conceitos
da religião como inspiração para gerir suas escolas de idiomas.
Dona de diversos negócios com fins lucrativos, organizados sob a
holding DMC, com sede em Salt Lake City, no Estado de Utah, a empresa
conta com seis subsidiárias, que controlam 11 estações de rádio, uma
emissora de tevê, diversas empresas de mídia impressa e digital, além de
uma prestadora de serviço de hospitalidade e uma seguradora, com mais
de US$ 3,3 bilhões em ativos. Neste ano, inaugurou um shopping que
custou US$ 2 bilhões em sua terra natal, onde está localizado o maior
templo da Igreja, com capacidade para sete mil fiéis. É fácil entender
por que os mórmons têm tantas posses. Eles podem ser
considerados a mais capitalista das religiões – embora outras, como a
calvinista, abençoem o lucro e estimulem seus seguidores a enriquecer,
ela difere na forma como está organizada, semelhante à de uma
corporação.
Seus dogmas seguem conceitos que são muito apreciados no mundo dos
negócios. Por essas razões, boa parte de seus fiéis são empreendedores
de sucesso ou executivos bem-sucedidos em grandes empresas. No Brasil,
pode-se citar o empresário paulista Carlos Martins, presidente do grupo
Multi, dono de várias escolas de idioma e de informática, como a Wizard e
S.O.S Computadores, cuja receita
ultrapassa os R$ 3 bilhões. O brasileiro David Neeleman, que criou a
companhia aérea Azul, atualmente dona de uma fatia de 10% do mercado de
aviação civil nacional, é outro mórmon de destaque. Ele nasceu no
Brasil, quando seu pai cumpria uma missão no País. Mais tarde, ele
próprio foi missionário no Rio de Janeiro e no Nordeste.
A lista inclui o gaúcho Francisco Valim, que tem o desafio de fazer
a empresa de telefonia Oi crescer novamente. “Desde pequenos aprendemos
a liderar e a lidar com a rejeição”, afirma Martins, referindo-se ao
fato de pertencer a uma confissão minoritária. “Isso ajuda muito na hora
de enfrentar o mercado de trabalho.” Nos Estados Unidos, destacam-se o
candidato republicano à Presidência Mitt Romney,
fundador da Bain Capital, empresa de private equity com uma carteira de
investimentos superior a US$ 60 bilhões. Outro bilionário mórmon é Jon
Huntsman, filho do fundador da Huntsman Corporation, gigante da
indústria química, com valor de US$ 11 bilhões na bolsa de Nova York.
Quem também contribui com 10% de seus rendimentos à igreja é J.W.
Marriot, presidente da cadeia de hotéis Marriot. Assim como para os
católicos um dogma importante é acreditar na Santíssima Trindade, os
mórmons são doutrinados pelo trabalho. Para seus devotos, trabalhar
é uma obrigação espiritual, como ir à missa aos domingos e rezar o Pai
Nosso é para os súditos do papa Bento XVI. O sucesso nos negócios,
portanto, nada mais é do que um sinal de que o indivíduo está seguindo
os mandamentos da Igreja. “Uma coisa que aprendemos é ser
perseverantes”, afirma o mórmon Paulo Kretly, presidente da consultoria
americana de treinamento FranklinCovey, no Brasil. “Dessa maneira,
conseguimos o sucesso que algumas pessoas não alcançam por falta de
paciência.”
Nascido em uma família humilde — seu pai não chegou a completar o
segundo grau —, Kretly precisou conciliar a carreira com os estudos e o
trabalho voluntário na Igreja. Mesmo com as dificuldades, completou o
mestrado e iniciou um doutorado. Essa firmeza e essa obstinação de
objetivos são injetadas desde muito cedo aos fiéis. Aos 8 anos, eles são
incentivados a fazer pequenos discursos nas igrejas, para perderem o
medo de falar em público. Aos 19 anos, recebem um “choque de gestão” ao
se alistarem nas missões. Voluntariamente, eles abandonam o convívio
familiar e são encarregados da evangelização e conquista de novos
adeptos, na maioria das vezes no Exterior. Antes de embarcarem, os
missionários passam por um centro de treinamento, no qual aprendem a
“vender” a religião.
Durante a missão, que dura dois anos, podem entrar em contato com a
família apenas duas vezes. “É uma experiência muito difícil, uma vez
que temos de sair de casa para enfrentar o desconhecido”, afirma o
mórmon Paulo Amorim, ex-sócio da Korn Ferry e atual presidente da
Alexander Proudfoot, consultoria especializada em produtividade, na
América Latina. “Quando voltamos, no entanto, somos capazes de vender
qualquer coisa.” Com passagem pela Autolatina, fusão da Volkswagen com a
Ford, no Brasil, nos anos 1980, e pela americana Pepsico, Amorim se
especializou em trabalhar na formatação de grandes transações. Um
exemplo em que esteve envolvido foi na consolidação das operações das
Pizza Hut e KFC no Brasil.
Jargões corporativos, como “coaching”, e palavras como liderança e
conselho consultivo são também comuns para explicar o funcionamento da
Igreja Mórmon. “A organização da Igreja é perfeita”, afirma Martins, do
grupo Multi. “Qualquer empresa que adotá-la será bem-sucedida.” Foi o
que fez Martins, quando começou, em 1987, a dar aulas particulares de
inglês em Curitiba. Ele usou o método de ensino mórmon para aprender
idiomas, que promete que qualquer um pode falar outra língua
rapidamente. Tanto que, na ocasião, o empresário adotava o slogan
“Inglês em 24 horas” como chamariz para atrair clientes. Um quarto de
século depois, Martins é dono da maior rede de ensino de idiomas do
País, que conta com 700 mil alunos. Tudo construído na base dos
preceitos mórmons, com persistência e muito trabalho duro.
Postado por:http://www.istoedinheiro.com.br
sábado, 15 de dezembro de 2012
Professor e Empresário Mórmon, Carlos Wizard Martins
Posted: 10 Dec 2012 11:00 AM PST
A Revista Absoluta, em sua edição de número 100, fez uma reportagem
especial sobre o professor e empresário Carlos Wizard Martins, que é
membro d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons).
Nas páginas 18 a 25 da revista a jornalista Isabelle Sabbatine
descreve a trajetória de Carlos Martins, contando inclusive sobre sua
ligação com a Igreja.
Em um dos trechos da matéria, Isabelle conta:
"Filho de Antonio e Hilda Martins, ele nasceu em Curitiba,
capital paranaense e, ao contrário do que se possa pensar, ele não herdou
grande fortuna, nem veio de família rica. Seus pais eram humildes de hábitos
simples. A mãe era costureira e pai comerciante e motorista de caminhão. Aos 12
anos, ele conheceu os missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias (mórmons) e o contato com os jovens americanos possibilitou que Carlos
aprendesse as primeiras palavras em inglês. Mais tarde, teve a oportunidade de
estudar na Universidade Brigham Young (BYU). E foi nesta instituição –
considerada uma das dez melhores universidades americanas, em Utah, que se
formou em Ciência da Computação. “Minha experiência no tradicional campus da
BYU foi muito gratificante, pois enquanto me preparava academicamente fui
convidado para lecionar português em um dos maiores centros de ensino de
idiomas do mundo, o MTC, sigla em inglês para Missionary Training Center. Passei
a conviver com milhares de jovens que, em apenas oito semanas de aulas,
conseguiam expressar-se livremente em um segundo idioma”, recorda."
Postado por:MURILOVISCK - NOTÍCIAS SUD/MORMONS
Leiam esta interessante matéria em http://www.absoluta.com.br/revistas/gente/100/
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